Cansado dessas ligações de empresas de telemarketing? Eis aqui 10 meios de aterrorizar a pessoa que está do outro lado da linha.
1) Quando a pessoa lhe perguntar “como vai?” responda: “Estou tão feliz que você esteja me perguntando isso! Hoje em dia ninguém mais se preocupa comigo e preciso tanto conversar com alguém… Minha artrite está me matando e meu cachorro acaba de morrer. O pior, é o meu médico que me disse…”
2) Fale à pessoa para falar muito devagar porque você está escrevendo tudo o que ela está dizendo.
3) Quando a pessoa disser: “Bom dia, meu nome é Francisco da empresa X”, peça-lhe para soletrar o nome e sobrenome, e o nome da empresa. Faça-o repetir.Pergunte o endereço, faça soletrar o nome da rua, o CEP. E faça repetir novamente. Peça-lhe o nome do chefe dele, o número do CGC, etc… Faça pausas longas como se você estivesse escrevendo tudo num papel. Continue a fazer perguntas pelo tempo que for necessário.
4) Quando a pessoa se apresentar (ex: “eu sou Júlia”), dê um grito: “Júlia? Oh meu Deus! É você mesma? Faz tanto tempo que não tenho notícias suas! Como é que você foi na faculdade? Você não lembra de mim?”
5) Se uma empresa de telefonia ligar para lhe oferecer descontos nos interurbanos, responda com voz sinistra: ‘Não tenho amigos. Ninguém quer ser meu amigo. Ninguém quer falar comigo. Você quer ser meu amigo? Eu poderia ligar para você… Qual é teu número?”
6) Se uma administradora de cartão de crédito ligar para lhe oferecer um cartão, responda que esta oferta caiu do céu, você acabou de pedir concordata e está com um monte de dívidas, seu cheque especial foi cortado e que finalmente você vai poder fazer as compras de supermercado.
7) Diga que você está em liberdade condicional, num programa de reabilitação social para detentos violentos e que você precisa pedir à assistente social a autorização dela.
8) Depois de ter ouvido tudo o que a pessoa tem a dizer, peça-a em casamento, porque você só dá seu número de cartão de crédito a sua esposa.
9) Diga à pessoa: “Nem tente, André, eu já reconheci tua voz! Essa brincadeira é boa, mas agora não tem mais graça. E como vai a tia Joana?”. Não importa o que a pessoa lhe disser, repita: “Pára com isso, André, você não percebeu que eu já te reconheci?”
10) Diga à pessoa que você está muito ocupado no momento, mas que lhe dê seu número particular que você irá ligar mais tarde. A pessoa evidentemente não vai querer lhe dar o número. Responda então: “Eu imagino que você não queira ser importunado na sua casa”. Eu também não!
http://capricho.abril.com.br/blogs/blogdojerri/
abril 10, 2010
fevereiro 14, 2010
Aristogatos
Nunca imaginei ter um bicho de estimação por uma questão de ordem prática: moro em apartamento, sempre morei. E se morasse em casa, escolheria um cachorro. Logo, nunca considerei a hipótese de ter um gato, fosse no térreo ou no décimo andar. Quando me falavam em gato, eu recorria a todos os clichês pra encerrar o assunto: gato é um animal frio, não interage, a troco de quê ter um enfeite de quatro patas circulando pela casa?
Hoje, dona apaixonada de um gato de cinco meses (e morando no décimo andar), já consigo responder essa pergunta pegando emprestada uma frase de um tal Wesley Bates: “Não há necessidade de esculturas numa casa onde vive um gato”. Boa, Wesley, seja você quem for. Gato é a manifestação bíblica da elegância, é uma obra de arte em movimento. E se levarmos em consideração que a elegância anda perdendo de 10 x 0 para a vulgaridade, está aí um bom motivo para ter um bichano aninhado entre as almofadas.
Só que encasquetei de buscar argumentos ainda mais conclusivos. Por que, afinal, eu me encantei de tal modo pelo bichano? Comecei a ler outras frases irônicas e aparentemente pouco elogiosas. Mark Twain disse que gatos são inteligentes: aprendem qualquer crime com facilidade. Francis Galton disse que o gato é anti-social. Rob Kopack disse que se eles pudessem falar, mentiriam para nós. Saki disse que o gato é doméstico só até onde convém aos seus interesses. Estava explicado por que gamei: qual a mulher que não tem uma quedinha por cafajestes?
Ser dona de um cachorro deve ser sensacional. Lealdade, companheirismo, reciprocidade, eu sei, eu sei, vi o filme do Marley. Cão é boa gente. Só que o meu cachorro preferido no cinema nunca foi da estirpe de um Marley. Era o Vagabundo, sabe aquele do desenho animado? O que reparte com a Dama um fio de macarrão, ambos mastigam, um de cada lado, e mastigam, mastigam até que (suspiro... a emoção impede que eu continue). Eu trocaria todos os príncipes loiros e bem comportados da Branca de Neve e da Cinderela pelo livre e irreverente Vagabundo, que foi o personagem fetiche da minha infância. E lembrando dele agora, consigo entender a razão: aquele malandro tinha alma de gato.
Imagino que, com essa crônica, eu esteja revelando o lado menos nobre do meu ser. Pareço tão sensata, tão bem resolvida, tão madura – quá! – tenho outra por dentro. Que vergonha. Levei mais de 40 anos para me dar conta de que não faço questão de uma criatura que me siga, que me agrade, que me idolatre, que me atenda imediatamente ao ser chamado, que me convide pra passear com ele todo dia. Sendo charmoso, na dele e possuindo ao menos alguma condescendência comigo, já tem jogo.
Cristo, um simples gato me fez descobrir que sou mulher de bandido.
Hoje, dona apaixonada de um gato de cinco meses (e morando no décimo andar), já consigo responder essa pergunta pegando emprestada uma frase de um tal Wesley Bates: “Não há necessidade de esculturas numa casa onde vive um gato”. Boa, Wesley, seja você quem for. Gato é a manifestação bíblica da elegância, é uma obra de arte em movimento. E se levarmos em consideração que a elegância anda perdendo de 10 x 0 para a vulgaridade, está aí um bom motivo para ter um bichano aninhado entre as almofadas.
Só que encasquetei de buscar argumentos ainda mais conclusivos. Por que, afinal, eu me encantei de tal modo pelo bichano? Comecei a ler outras frases irônicas e aparentemente pouco elogiosas. Mark Twain disse que gatos são inteligentes: aprendem qualquer crime com facilidade. Francis Galton disse que o gato é anti-social. Rob Kopack disse que se eles pudessem falar, mentiriam para nós. Saki disse que o gato é doméstico só até onde convém aos seus interesses. Estava explicado por que gamei: qual a mulher que não tem uma quedinha por cafajestes?
Ser dona de um cachorro deve ser sensacional. Lealdade, companheirismo, reciprocidade, eu sei, eu sei, vi o filme do Marley. Cão é boa gente. Só que o meu cachorro preferido no cinema nunca foi da estirpe de um Marley. Era o Vagabundo, sabe aquele do desenho animado? O que reparte com a Dama um fio de macarrão, ambos mastigam, um de cada lado, e mastigam, mastigam até que (suspiro... a emoção impede que eu continue). Eu trocaria todos os príncipes loiros e bem comportados da Branca de Neve e da Cinderela pelo livre e irreverente Vagabundo, que foi o personagem fetiche da minha infância. E lembrando dele agora, consigo entender a razão: aquele malandro tinha alma de gato.
Imagino que, com essa crônica, eu esteja revelando o lado menos nobre do meu ser. Pareço tão sensata, tão bem resolvida, tão madura – quá! – tenho outra por dentro. Que vergonha. Levei mais de 40 anos para me dar conta de que não faço questão de uma criatura que me siga, que me agrade, que me idolatre, que me atenda imediatamente ao ser chamado, que me convide pra passear com ele todo dia. Sendo charmoso, na dele e possuindo ao menos alguma condescendência comigo, já tem jogo.
Cristo, um simples gato me fez descobrir que sou mulher de bandido.
Martha Medeiros
fevereiro 07, 2010
Mais uma do Pessoa...
"O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o príncipio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida."
Profundo, não?
Profundo, não?
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"A música é capaz de reproduzir em sua forma real,
a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria"
a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria"
Ludwig van Beethoven
Difícil entender...
Os vaga-lumes no terreno perto de casa, que voam e piscam incessantemente, fora de época, como se aquele pedaço de terra fosse parte de um mundo encantado...
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Que naquele vaso onde eu plantei sementes de cedro, cresça de tudo, menos mudas de cedro...
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Que mesmo sabendo interpretar bem os acontecimentos, naquele dia faltaram respostas...
E sobraram fatos!
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Que naquele vaso onde eu plantei sementes de cedro, cresça de tudo, menos mudas de cedro...
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Que mesmo sabendo interpretar bem os acontecimentos, naquele dia faltaram respostas...
E sobraram fatos!
janeiro 01, 2010
Escrever e editar
Dia de moleza.
Estava ouvindo Regina Spektor e numa de suas músicas me chamou atenção a seguinte frase:
"you can write but you can't edit".
Engraçado isso. Quer dizer, como escritora blogueira de meia tigela, as coisas são relativamente fáceis: você escreve e se não agradar, simples: edita, apaga. Você que controla, você que sabe. E diariamente você tem que escrever algo que será definitivo, que não pode ser editado, que quando rasurado já não será mais a mesma coisa. É uma prova, tem que ser a caneta. Pergunto: "Pode ser a lápis?" e imediatamente me arrependo. NÃO, não pode. Nunca pode. E é aí que mora o problema. E se eu errar? Algo rasurado, pode ser sinônimo de machucado. E rasurar, neste caso, normalmente envolve outras pessoas. É, a vida pode ser complicada, às vezes...
Mas neste ano, não quero complicar.
Tenho um caderno em branco a minha frente.
Dê me um estojo cheio de canetas coloridas!
Mãos à obra!
Estava ouvindo Regina Spektor e numa de suas músicas me chamou atenção a seguinte frase:
"you can write but you can't edit".
Engraçado isso. Quer dizer, como escritora blogueira de meia tigela, as coisas são relativamente fáceis: você escreve e se não agradar, simples: edita, apaga. Você que controla, você que sabe. E diariamente você tem que escrever algo que será definitivo, que não pode ser editado, que quando rasurado já não será mais a mesma coisa. É uma prova, tem que ser a caneta. Pergunto: "Pode ser a lápis?" e imediatamente me arrependo. NÃO, não pode. Nunca pode. E é aí que mora o problema. E se eu errar? Algo rasurado, pode ser sinônimo de machucado. E rasurar, neste caso, normalmente envolve outras pessoas. É, a vida pode ser complicada, às vezes...
Mas neste ano, não quero complicar.
Tenho um caderno em branco a minha frente.
Dê me um estojo cheio de canetas coloridas!
Mãos à obra!

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