(des)espero

Espero
e (des)espero...
O que esperar?

A despedida do amor

"Existem duas dores de amor: a primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também.

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.É que, sem se darem conta, não querem se desprender.Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida.

Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita. É uma dor que nos confunde.Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.E só então a gente poderá amar, de novo."

Martha Medeiros

(Momento clichê do dia, mas nem por isso menos verdadeiro.)

Fernando Pessoa

"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"


Moral?? Aproveite ao máximo suas capacidades. Desafie-se constantemente. Sonhe?? Sim, mas seja capaz de buscar seus sonhos. Conforme-se com a falta de educação/honestidade/lógica das pessoas? Nunca. Seja superior, demonstre seu valor. (E se possível, aproveite um domingo de sol para um café com um croissant em boa companhia! Tarde linda, a de hoje!!)

"Passeio pelas estantes da biblioteca. Os livros me dão as costas. Não para me rejeitar, como as pessoas: são convidativos, querendo apresentar-se a mim. Metros e mais metros de livros que nunca poderei ler. E sei: o que aqui se oferece é a vida, são complementos à minha própria vida que esperam ser postos em uso. Mas os dias passam rápido e deixam para trás as possibilidades. Um único desses livros talvez bastasse para mudar completamente a minha vida. Quem sou eu agora? Quem eu seria então?"

(do livro A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken, de Jostein Gaarder e Klaus Hagerup)

Respostas

"Por algum motivo, os homens agonizantes sempre fazem perguntas cujas respostas já sabem. Talvez seja para poderem morrer tendo razão."

Achei essa frase no blog do Klaus Prado (http://libertinagemincomum.blogspot.com/)

Acho que sou bem assim. Quando não me sinto bem, eu busco respostas. Pra mim, é libertador, pois mesmo "sabendo" a resposta, corremos risco de enganarmo-nos, julgar da maneira errada. É bom ouvir, de fato, as respostas. Confirmar ou desmentir (geralmente confirmar) aquilo que pensamos conhecer/saber/entender. Não que seja coisa de "homens agonizantes", não creio. É uma questão de aliviar, pra não correr o risco de nos lamentarmos depois, devido à má interpretação das atitudes das outras pessoas. Afinal de contas, nem todos agem de acordo o que pensam/sentem. E nem sempre é bom descobrir que estamos certos, mas é bom para ter de volta a capacidade de seguir em frente. Pode parecer auto-tortura, isso de ouvir coisas que já sabemos, confirmar aquilo que gostaríamos que fosse de outra maneira (e não é), mas acho nos impor um pouco de "realidade" é melhor do que a ilusão!

Às vezes, é preciso sair do nosso "mundinho cor de rosa"...

;D

P.S.: (17/06/09, 17:29, só pra constar) Estive pensando, e pode ser sim coisa de homens agonizantes, afinal, eles morrem tendo certeza e renascem. Lembrei da lendária fênix, que ressurge das próprias cinzas...

A matemática da vida

Uma de minhas escritoras preferidas, Martha Medeiros.


"A matemática da vida não é simples. Cada soma é também uma subtração. Quando somamos mais um ano àqueles que já vivemos, subtraímos um ano daqueles que nos restam para viver. Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. Esperamos demais para dizer as palavras do perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo. Esperamos demais para enunciar as preces, para executar as tarefas que estão esperando, para serem cumpridas, para demonstrar amor que talvez não seja mais necessário amanhã." [...]

O amor é míope

"Para descobrir se uma pessoa é minha alma gêmea tenho algumas técnicas infalíveis. A primeira coisa que noto em uma mulher é se ela tem miopia. Quanto maior o grau de miopia da moça, maior a chance que eu tenho com ela. Em segundo lugar, sempre verifico se a moça é inteligente. Porque se ela não for, talvez seja a mulher da minha vida.

Pra todo pé cansado existe um chinelo velho. Mas como saber se aquele chinelo encaixa no seu pezinho 45? Faça o teste de afinidades abaixo e descubra!

Relacione os homens e as mulheres abaixo e crie os casais mais prováveis:

1. Jovem batalhadora e ambiciosa.
2. Mulher casada em busca de aventuras amorosas.
3. Loira do funk.
4. Garota nerd.

A. Homem rico e bem sucedido.
B. Jovem simpático e tímido.
C. Rapaz de classe média envolvido com o crime.
D. Garoto pobre mas batalhador.

Respostas: 1)A 2)A 3)A 4)A"


Pois é! Essa foi a coluna de Marcos Piangers, na Zero Hora. Acho que só com humor mesmo pra esquecer, momentaneamente, certas coisas.

A chave para a saída?? AMOR PRÓPRIO! :D

Es Tut Weh

Ich würd´Dich gerne hassen

Doch ich lieb´ Dich noch viel zu sehr

Könnt´ich einfach nur von Dir lassen

Kein Geruch, kein Bild, keine Erinnerung mehr

(trecho de Est tut weh, da banda PUR)

A gαrotα com o copo d'águα...
- Sei
- Se pαrece distαnte, tαlvez seus pensαmentos estejαm em outrα pessoα.
- Em αlguém do quαdro?
- Não, um gαroto com quem cruzou em αlgum lugαr, e sentiu que erαm pαrecidos.
- Em outros termos, prefere imαginαr umα relαção com αlguém αusente, que criαr lαços com os que estão presentes.
- Ao contrário, tαlvez tente αrrumαr α bαgunçα dα vidα dos outros.
- E elα? E α bαgunçα nα vidα delα, quem vαi por ordem?
- É melhor αjudαr pessoαs que αnões de jαrdim...

(Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)