outubro 31, 2009

A Noiva-Cadáver



Ontem, enquanto eu estava entediada e sem nada de decente pra fazer, liguei a TV. Nada que prestasse, para variar. Quer dizer, sempre que a única coisa que nos resta a fazer é assistir televisão, podem apostar: não há nada que possa nos interessar. Comecei a troca de canais, e me deparei com um filme que, como logo percebi, se tratava de "A Noiva-Cadáver". É engraçado como nas proximidades do Haloween boa parte da programação se volta para isso, mesmo sendo uma tradição americana. (Tudo bem, talvez exatamente por ser tipicamente americana, que essa data seja comentada/lembrada/festejada em tantos outros lugares)

Voltando ao filme, eu nunca o havia assistido, já estava além da metade, possivelmente. A cena? Um carinha pedindo pra noiva algo do tipo: um coração ainda se desilude depois de não existir mais??

Sei lá, mas isso me chamou a atenção e fiquei pensando. Obviamente, depois de morto, o coração simplesmente não é capaz de sentir mais nada. Mas aí fiquei pensando o que faz com que um coração morra. Quer dizer, e as pessoas vivas, com o corpo são, mas que já não possuem coração? Que deixam de sentir, de acreditar, de sonhar. Isso também é um coração morto, ainda que bata!

E o que é necessário para que um coração morto (ainda pulsante) volte a viver, de fato? Coragem e vontade de viver! Simples assim! Coragem pra se jogar na vida, coragem de sentir tudo plenamente, ainda que possamos deixar nosso coração desacordado por algum tempo ou ferido devido às consequencias dos nossos sentimentos. Desilusões: quem não as viveu? Mas apesar das desilusões, ainda sim querer viver, sentir, sorrir...

"A tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive."

(Albert Schweitzer)

outubro 24, 2009


"Eu sempre corri atrás de mim como uma criança atrás de um balão levado pelo vento.
Eu era o vento e não sabia."
(Alexandre B.)

outubro 17, 2009

Lilli Jahn

Estou lendo "Meu coração ferido - A vida e as cartas de Lilli Jahn". A história é sobre uma médica judia na época de Hitler. Uma obra escrita através de cartas, pelo próprio neto de Lilli Jahn, Martin Doerry.

Engraçado! Ao vagar pelas estantes da biblioteca, procurando títulos quaisquer, sempre acabo com algo sobre holocausto/judeus/refugiados/Hitler/guerras na mão.

Coincidentemente, depois de ler obras como "O diário de Anne Frank", "O menino do pijama listrado", "Minha luta", "O código dos justos" e "Meu coração ferido", citado anteriormente, tenho em mãos também "A Exceção", de Christian Jungersen. A história se desenrola em Copenhague, mais precisamente no Centro Dinamarquês de Informações sobre Genocídios.

Adivinhem: mais um livro que se enquadra nessa lista. Um trecho dele:


"[...] Browning baseou suas observações em um estudo de
quinhentos alemães comuns, todos homens, que
foram mandados à Polônia e, uma vez lá receberam ordens de
matar judeus. Aqui estão suas descobertas:

Entre 10% e 20% se candidataram a outras
tarefas e foram transferidos, em geral sem nenhum problema.
Entre 50% e 80% não se candidataram a outras tarefas. Realizaram
os assassinatos que lhe ordenaram fazer, mas pararam depois disso.
Entre 10% e 30% começaram a assassinar mais judeus do
que o ordenado e continuaram matando depois de
darem baixa do serviço militar."


A guerra deve ser mesmo algo monstruoso... Eu olho as estatísticas acima e imagino em qual delas pessoas que eu conheço se enquadrariam. Viagem, eu sei!

outubro 12, 2009

Um passo atrás

“Caçar fantasmas pode ser um teste de paciência. E, então, constatamos que nós mesmos vagamos como espectros...
No espelho da parede, vemo-nos passar sorrateiros na penumbra, vemos que nós mesmos somos os seres enigmáticos que queremos caçar.
É como uma série de experimentos fracassados de percepção extra-sensorial: mas se pelo menos um único experimento convincente, em vez de vagos relatos ou estatísticas forçadas, pudesse provar a existência da telepatia. Isso sem falar no nosso desejo por uma perna de mesa pulsante ou um copo que flutuasse solto no ar sobre o tampo da mesa.
Talvez, então, déssemos um passo para trás. Pois teríamos que reconhecer que nós mesmos somos o mistério. Somos piores do que copos flutuantes e mesas pulsantes. Nós existimos!
Não vemos anjos ou discos voadores, vemos nossas próprias naves espaciais. Não vemos marcianos, vemos a nós mesmos.”

(GAARDER, Jostein. In O Pássaro Raro)

outubro 11, 2009

Um brinde


Às artes de artistas e arteiros;
À roupa cheia de barro, cola ou tinta;
Ao braço engessado;
Ao ovo-podre, esconde-esconde e amarelinha;
Às perguntas inocentes;
Aos carrinhos e bonecas;
À ingenuidade, que quando perdida, tira um pouco da cor do mundo.
Às meninas, meninos, pivetes, capetinhas, diabinhos anjinhos e derivados!
Feliz Dia das Crianças!!
P.S.: Mãe, quero ao menos um chocolate!!
=)

outubro 04, 2009

Give me some love


Someday soon they'll drop the bomb and let it all out someday

(I know that) someday soon we'll all be gone

So let it all out, let it all out today

And give me some love, yeah, give me some love,

Come on, give me some love today...

(Give me some love, James Blunt)